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Biografia de Maria Leonor Cavalcanti

A história de vida de Maria Leonor Cavalcanti não pode ser registrada apenas pelos fatos que aconteceram em Caicó e a sua intensa participação como professora, pois seu viver e sua imagem de mulher está presente na memória dos seus contemporâneos. A sua constante presença na sociedade caicoense seja como educadora, cidadã e até mesmo como defensora da figura feminina, deixou marcas registradas na história dos caicoenses; apesar de Dona Leonor – como era respeitosamente chamada por seus alunos, tem suas origens na cidade de Goianinha – RN, onde nasceu em 23/03/1897.Vindo desta cidade, ainda menina, acompanhando a senhorita Anica, que veio para o Seridó tratar-se de uma anemia, já que a região era um bom lugar para a saúde, essa viagem deu-se através da amizade com a família do Bacharel Augusto Monteiro. Encaminhadas para a fazenda da região, Anica contraiu matrimônio com o mesmo rapaz que as conduziu a citada fazenda – o Sr. Eulampio Vidical Monteiro , tendo assumido, a partir daí a responsabilidade de criar Maria Leonor, que, como filha, exerceu um papel relevante no seio dessa família; muito querida pelos seus, sendo chamada carinhosamente pelos filhos do casal, de Bá. Foi levada a estudar na Escola Normal, em Natal, tendo saído de Caicó para Lages a cavalo na companhia de Júlia Medeiros e Olívia Pereira, prosseguindo de trem, até a capital. Formada, voltou para Caicó onde exerceu a função de professora e diretora do Grupo Escolar Senador Guerra; seu salário de professora era entregue ao seu pai adotivo e, para manter-se, fundou o Externato São Luís onde ensinava Letras e Artes, promovendo ali grandes exposições artísticas; posteriormente esse Externato deu origem ao Colégio São Luís, em Natal; foi nesse educandário que, após retornar à capital, trabalhou até se aposentar. É sabido que Maria Leonor Cavalcanti foi uma das quatorze ótimas candidatas a casar com o pai de Monsenhor Antenor, entretanto a mesma permaneceu solteirona por toda a sua vida. Leonor foi uma mulher digna, sábia, capaz; o que aprendeu fazia bem, mesmo tendo um temperamento forte, era amada pelos alunos. Essa professora, que tinha muito orgulho do seu trabalho e fazia da educação a arte do seu viver, morreu no dia 20/10/1982, na capital potiguar. Hilma Lopes de Medeiros; Maria da Conceição Araújo S. de Andrade e Patrícia Medeiros de Araújo, com a colaboração de Monsenhor Antenor Salvino de Araújo, Maria Euza Monteiro de Araújo e Eldy Monteiro de Araújo. Caicó-RN, 10/12/2008.